quarta-feira, 13 de abril de 2011

Telhado Verde

Telhado verde é uma técnica usada em arquitetura cujo objetivo principal é o plantio de árvores e plantas nas coberturas de residências e edifícios. Através da impermeabilização e drenagem da cobertura dos edifícios, cria-se condições para a execução do telhado verde.
"Como o telhado verde requer infra-estrutura adequada, não basta subir em cima da casa e começar a plantar", afirma o engenheiro civil Paulo Renato Machado Guimarães, da empresa gaúcha Ecotelhado.
A obra exige a instalação de uma estrutura específica na cobertura da casa - se o telhado for simplesmente uma laje, é preciso impermeabilizá-la; se for feito de telhas de cerâmica, é preciso retirá-las e colocar placas de compensado que servirão de base para a cobertura vegetal. Ali serão colocados a terra e o adubo para o crescimento das plantas. Mantas onduladas, para impedir que o substrato escorra, e de impermeabilização, para evitar infiltrações na casa, e dutos de irrigação e drenagem também fazem parte do projeto de um telhado verde, que ajuda a reduzir o barulho dentro de casa e a manter a temperatura constante.
Além de grama, o telhado verde pode receber flores e arbustos. Plantas de porte baixo e crescimento lento também podem facilitar a manutenção, que é parecida com a de um jardim comum. O preço do metro quadrado de um telhado verde varia de 100 a 150 reais.

Vantagens do telhado verde:

- Criação de novas áreas verdes, principalmente em regiões de alta urbanização; 
- Diminuição da poluição ambiental;
- Ampliação do conforto acústico no edifício que recebe o telhado verde;
- Melhorias nas condições térmicas internas do edifício;
- Aumento da umidade relativa do ar nas áreas próximas ao telhado verde;
- Melhora o aspecto visual, através do paisagismo, da edificação.

Desvantagens do telhado verde:

- Custo de implantação do sistema e sua devida manutenção;
- Caso o sistema não seja aplicado de forma correta, pode gerar infiltração de água e umidade dentro do edifício.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Variações de forros e suas Funcionalidades

É correto afirmar que o forro é um elemento que sempre esteve presente na arquitetura. Até mesmo as salas dos templos egípcios já revelavam os primeiros sinais de utilização de um componente que, mais tarde, viria a se tornar um importante item de conforto.
O chamado sistema de forro falso passou, então, a auxiliar na proteção acústica e térmica dos ambientes, de maneira que os materiais foram se tornando cada vez mais diversificados.

Atualmente os tipos de forros existentes, classificados conforme suas características e fixação, são três: os colados, os tarugados e os suspensos. Os forros colados podem ser fixados com cola, adesivos especiais ou ainda pregados ou aparafusados à estrutura principal. Já os tarugados, feitos de madeira, gesso, PVC ou estuque, exigem a existência de grelha portante de madeira ou aço, que deve ser fixada às paredes ou estrutura do edifício. Os forros compostos de placas de gesso devem ser fixados por grampos metálicos inclusos e os de estuque em geral são constituídos de areia, gesso e cal, moldados in loco e apoiados sobre uma tela de arame trançado que é previamente pregada no tarugamento.
Os forros suspensos modulados são os que melhor se adaptam à arquitetura contemporânea, pois permitem remanejamento dos espaços. Seu sistema de fixação é baseado em uma estrutura portante flexível. A vantagem dos forros suspensos é que podem ter os painéis de fechamento removidos ou substituídos sem prejuízo da estrutura portante, o que por vezes facilita o acesso ao sobreforro.
Logo, esse espaço que fica entre o forro e o plano de cobertura pode ser usado para a passagem de dutos, cabos e canalizações, reduzindo os custos de instalação e manutenção.

Normalmente, a escolha do tipo de forro é baseada de acordo com a estética que se deseja compor no ambiente, contudo, no momento da especificação devem-se considerar as características do local e as instalações embutidas nas lajes.
Escolher o forro ideal para o local que você vai construir ou reformar depende de vários outros fatores, além da estética, entre eles, o valor do m²; mão de obra – alguns materiais exigem mão de obra especializada e, consequentemente, mais cara; conforto – em muitos ambientes o conforto termo-acústico é fundamental; manutenção e durabilidade – forros naturais geralmente exigem muito mais com manutenção porque são mais sensíveis à umidade (mofo) e à pragas naturais como o cupim. Por esse mesmo motivo eles também duram menos.

Depois de considerar um a um esses aspectos, não é tão difícil escolher o material mais adequado para sua obra. Tudo vai depender do seu planejamento e do que você espera para o resultado final da obra.

Seguem então as características dos nove principais tipos de forro para ajudar você nessa importante decisão:

Forro de bambu

Moderno e resistente, ele também aparece como alternativa sustentável, já que em três anos essa gramínia de crescimento rápido está pronta para o corte. Por seu formato natural, o bambu tem um bom nível de isolamento acústico.
É importante verificar a procedência do mesmo. Há métodos de secagem e cozimento que diminuem as chances de o material ser atacado por brocas e fungos. Uma placa de cimento amianto e uma manta asfáltica protegem o forro de bambu de uma eventual infiltração nas telhas.





Forro de madeira

Os forros de madeira são painéis para revestimento com qualidade estética e acústica, ideais para estabelecimentos como auditórios, teatros, salas de reunião, escritórios e hotéis.
Réguas de cedrinho, angelim, perobinha, jatobá são boas opções para forros, pois têm elevada resistência ao ataque de cupins.






Forro de gesso

Forros confeccionados com placas de gesso de diversos tipos, gesso comum, gesso especial, pode receber diversos tipos de acabamento.
O forro de gesso acartonado monolítico é constituído em chapas fixadas através de perfis e estruturas de fixação ocultas. Este tipo de forro permite projetos arquitetônicos com sancas e curvas, de acordo com as necessidades. O acabamento do forro acartonado, pode ser efetuado de diversas formas, receber pintura, revestimento de fórmica, dependendo da umidade do local.
O forro de gesso acartonado modulado é removível e constituído em placas com película vinílica (aplicada na face aparente), o que permite fácil limpeza. Este material é muito utilizado em corredores hospitalares, laboratórios e áreas úmidas.
Forros feitos em gesso comum ou estrutural têm alta resistência e beleza com isolamento térmico e acústico.










Forro de isopor

Poliestireno expandido, são placas de isopor com aplicação de massa acrílica – material impermeável na cor branca – que apresentam bom acabamento, proporcionando economia pela diminuição de consumo de energia do ar-condicionado, permitindo instalar aparelhos de menor potência. Os forros de isopor oferecem economia, perfeição e segurança.





Forro metálico

O forro metálico pode ser produzido em aço ou alumínio - lineares ou em placas.Ideais para novos ambientes ou mesmo para renovação daqueles que já possuam forros rebaixados e queiram ter os ganhos de beleza e da nobreza do aço.
O forro metálico apresenta grande variedade de formas, fácil remoção, resistência à umidade, baixo isolamento térmico e absorção acústica deficiente e diversas opções de cores e perfurações, permitindo projetos arquitetônicos de alto nível.





Forro mineral

O forro de fibra mineral apresenta um desempenho superior em tratamento acústico, resistência ao fogo e resistência à umidade, retardando ou até inibindo o desenvolvimento de mofo e fungos, é modulado, removível, além de apresentar flexibilidade, variadas opções de espessuras, modulações, texturas e bordas. O forro mineral é indicado para ambientes comerciais em geral.




Forro de PVC

O PVC (cloreto de polivinila) é um material plástico que se obtém a partir de duas matérias primas naturais: o petróleo (43%) e o sal (57%). Isto faz do PVC um dos materiais mais econômicos em termos de uso de recursos não renováveis.
Diferentemente de outros tipos de forro, o PVC é inócuo, durável, não propagador de chama, isolador térmico, elétrico e acústico, resistente ao ataques, intempérie, corrosão, além de ser extremamente leve.
Pode ser produzido em placas modulares ou réguas com opção de larguras e cores, tendo como grande destaque a facilidade na limpeza.

Forro de lã de rocha

São painéis em lã de rocha basáltica de alta densidade, rígidos revestidos em sua face visível com um filme de PVC texturizado e autoextinguível. Devido à sua alta resistência térmica, auxilia na conservação de temperaturas em ambientes climatizados e proporciona conforto térmico em condições naturais. Apresenta valores de reflexão de luz da ordem de 79% e resistência ao fogo.









Forro de lã de vidro

O forro de lã de vidro é o isolante termo-acústico mais comum usado na construção civil, pois colabora com o conforto térmico e acústico dos prédios comerciais e residenciais. Esse forro é produzido em forno alto, à partir de sílica e sódio, aglomerados de resinas sintéticas, desenvolvidas para melhorar o isolamento termo acústico. As placas são removíveis, permitindo o acesso sobre o forro, além de opções de espessura, modulações, texturas e bordas.








Forro de Isopor

O forro de isopor possui base revestida com resina acrílica texturizada, de fácil instalação e manutenção, é ótimo isolante térmico, retardante a chama, antialérgico, não deforma nem sofre alterações de tonalidade com o tempo, não apodrece, podendo ser repintado, apresenta alta resistência à umidade, além de ser  um produto reciclável, dispensa ou reduzi o uso do ar condicionado, tendo uma íotima relação custo x benefício.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Hora do Planeta



A Hora do Planeta é um ato simbólico, promovido no mundo todo pela Rede WWF, no qual governos, empresas e a população demonstram a sua preocupação com o aquecimento global, apagando as suas luzes durante sessenta minutos.
No mundo todo e na sua cidade, empresa, casa... Em 2010, mais de um bilhão de pessoas em 4616 cidades, em 128 países, apagaram as luzes durante a Hora do Planeta. Em 2011, a mobilização será ainda maior.


Sábado, dia 26 de março, das 20h30 às 21h30. Apague as luzes para ver um mundo melhor. Hora do Planeta 2011.

Acesse o hotsite do movimento e ajude o WWF-Brasil a espalhar essa mensagem.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Arquitetura Minimalista

Projeto: Kazuya Morita
As obras minimalistas possuem um mínimo de recursos e elementos. A pintura minimalista usa um número limitado de cores e privilegia formas geométricas simples, repetidas simetricamente.

Na história da arte, durante o século XX, houve três grandes tendências que poderiam ser chamadas de “minimalistas”: (manifestações minimalistas: construtivismo, vanguarda russa, modernismo). Os construtivistas por meio da experimentação formal procuravam uma linguagem universal da arte, passível de ser absorvida por toda humanidade. A segunda e mais importante fase do movimento surgiu de artistas como Sol LeWitt, Frank Stella, Donald Judd e Robert Smithson, cuja produção tendia ultrapassar os conceitos tradicionais sobre a necessidade do suporte: procuravam estudar as possibilidades estéticas a partir de estruturas bi ou tridimensionais.

O minimalismo exerceu grande influência em vários campos de atividade do design, como a programação visual, o desenho industrial, na arquitetura,  apresentando objetos simples em sinônimo de sofisticação.
 
Projeto do arquiteto alemão Jurgen Mayer H
 Por volta do século XX surgiram os primeiros indícios de um desenho mais simples, aplicado aos espaços residenciais e seu mobiliário. É o novo realismo, mais tarde conhecido como estilo bauhaus, que tem uma crescente influência na arquitetura, na arte e no desenho.

O minimalismo foi interpretado de várias maneiras no campo da arquitetura e do design de interiores. O estilo pode ser identificado pela construção "limpa" e sem excessos, pelo uso de cores neutras e materiais industriais modernos. A luz tem um papel muito importante, de certo modo é empregada como um material de construção. A transparência e fachada constituem a principal preocupação desta arquitetura.

A arquitetura minimalista caracteriza-se pela presença de planos perpendiculares que constroem o espaço tridimensional, a partir de uma configuração volumétrica de formas depuradas, considerada simples e refinada.

Quarto de menino Futurista, do arquiteto Nicolas Kílaris
O minimalismo não se refere diretamente ao conceito de "pouco", e sim de ampliar a essência do que realmente é importante, chegando ao ponto de tornar todo o restante dispensável perante o verdadeiro foco da criação, podendo ser dito como a redução da variedade visual numa imagem.

[Texto de referência: Alexandre Aguirre - arquiteto e urbanista]